Para você que faz parte de uma equipe ou é gestor dela, o que faz mais sentido em termos de engajamento, foco e resultado? Ter uma grande quantidade de profissionais numa única equipe atuando na obtenção de um objetivo ou equipes menores buscando a mesma coisa?
Uma resposta possível é: Depende! Claro! Há muitas variáveis a se considerar para que se consiga uma resposta mais adequada a essa questão, mas, vamos a algumas considerações que, talvez, nos auxiliem na elucidação do que foi exposto:
- Numa equipe menor, digamos com 05 integrantes, a participação de todos é mais sentida; há maior percepção na contribuição de cada participante na resolução dos problemas, na busca por soluções e nos resultados alcançados. Enxerga-se quem está fazendo o quê, em qual tempo e com tal resultado. Nas equipes maiores, essa percepção tende a se diluir e, por consequência, trazer participações mais espaçadas no tempo e com menor intensidade no impacto efetivo do campo prático.
- Nesse mesmo viés de análise, entende-se que cada integrante dessa equipe menor tende, também, a contribuir de maneira mais efetiva na obtenção dos resultados finais e, por consequência, na conquista do objetivo que essa equipe se propõe a alcançar. Por exemplo: Se formos considerar, novamente, uma equipe com 05 integrantes, numa distribuição equitativa, o que se espera de cada um é 20% do resultado global. Ou seja: 1/5 da meta esperada depende de mim, portanto, devo fazer minha parte. Essa percepção, numa equipe com 20 integrantes perde força, clareza e direcionamento na cobrança do que se espera obter.
- Há mais efetividade nas proposições e posicionamentos mais diretos, práticos e objetivos quando se trabalha em equipes menores. Nos grandes grupos costuma-se falar muito, perder foco, desperdiçar tempo com sugestões pouco produtivas e, muitas vezes, não há conclusões práticas advindas destas discussões muito abertas. Quando o objetivo é a efetuação de uma reunião de brainstorming, para exercício mental e busca de sugestões aleatórias para se obter alguma inovação, então, é válida a proposta. Contudo, discussões em grandes grupos não costumam trazer praticidade e efetividade nos resultados operacionais. Basta você fazer um exercício de memória e perceber que a maioria das reuniões com esse escopo não geram um cronograma claro de ações, acompanhamento efetivo dos resultados e, muito menos, consequências práticas aos participantes.
- Quando a equipe é composta por poucos membros, consegue-se um melhor direcionamento de ações, acompanhamento e controle de resultados. Também ficam facilitadas as eventuais correções de rumo ou reforço no que está dando certo. O feedback pode ocorrer com menor intervalo de tempo, de forma mais direta e com melhor efetividade.
- A comunicação fica facilitada quando se tem uma equipe menor. Pode-se reunir a equipe com mais rapidez e tem-se maior agilidade nas aplicações práticas de planos de ação que exijam modificações de atividades e, por consequência, maior possibilidade de sucesso. Lembre-se: Quanto maior a equipe, mais lento será o movimento!
- Os integrantes de uma equipe menor também costumam sentir-se mais motivados. O fato de estarem mais expostos à observação faz com que se engajem mais intensamente no que se pretende obter, que se esforcem mais, que busquem soluções mais criativas e interativas, pois, com poucos integrantes, há mais sentimento de pertencimento, de responsabilidade, comprometimento e percepção de sucesso coletivo.
Fica, aqui, a sugestão para os gestores de uma empresa ou equipe de trabalho: Se puderem, dividam os seus grandes grupos em equipes menores, façam reuniões pontuais, programadas, com pautas e frequências bem definidas com os integrantes destas pequenas equipes, sendo claros, objetivos e inspiradores quando destes contatos.
Lembro que não é necessário ter um supervisor para cada pequena equipe criada. Um mesmo gestor pode, por exemplo, dividir a sua equipe de 20 integrantes em 04 equipes de 05 colaboradores e gerenciar o todo, com mais eficácia e resultado. Eventualmente pode-se ter um “capitão” ou “capitã” para cada subdivisão formada, de modo fixo ou variável.
Com essa melhor distribuição de forças, ganha-se em foco, gestão do tempo de todos, objetividade, motivação, velocidade e efetividade nos resultados.
No mercado atual, não é a maior estrutura que se mantém, não é a mais pesada que se estabelece, não é a mais inchada que se perpetua. No mercado atual, é a estrutura mais adequada, organizada e motivada que vence. Não estamos mais na era do maior que come o menor, mas, sim, no tempo em que o mais rápido come o mais lento!
Pense nisso quando estiver estruturando suas equipes de trabalho ou marcando reuniões!
Uma semana de sucesso é o que vamos e merecemos ter!
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Gerson Raul Persike é um especialista em atendimento, vendas, telesserviços e preparação de lideranças empresariais. Filósofo, pós-graduado em Gestão Estratégica de Empresas, mestrando em Comunicação, oficial R/2 da reserva do Exército Brasileiro e formado no Programa de Desenvolvimento de Dirigentes da Fundação Dom Cabral, aplica assessorias nas áreas de gestão de talentos, capacitação de lideranças e formação de equipes motivadas e produtivas. Empresário, é diretor-presidente da empresa “Comunicação & Mercado – Inteligência em Gestão – Treinamento & Desenvolvimento – Educação Corporativa”. Escritor, articulista, consultor e palestrante internacional. Efetua, também, cursos, treinamentos, palestras motivacionais, gestão e planejamentos comerciais e de atendimento para Organizações de sucesso no Brasil e exterior.
www.cmtreinamento.com.br – YouTube: GERSON PERSIKE